A Liga de Ensino do Rio Grande do Norte é uma sociedade civil de direito privado, com sede e foro em Natal (RN). A Instituição foi criada no dia 23 de julho de 1911, com o objetivo de “auxiliar os poderes públicos em tudo quanto disser respeito à instrução e à educação”. A Liga foi criada com fins educacionais, conforme preconiza o seu Estatuto.
Mantém Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio) e Educação Superior, através das seguintes instituições: Escola Doméstica de Natal, Complexo Educacional Henrique Castriciano e Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN). O Complexo de Ensino Noilde Ramalho ED HC tem uma área de 180.000 metros quadrados, compreendendo três Instituições de Ensino: Escola Doméstica de Natal, Complexo Educacional Henrique Castriciano e o Centro Universitário do Rio Grande do Norte. No nosso espaço físico, temos ainda estacionamento interno, Centro de Convivência Clara Camarão, Centro de Convivência Nelson Mandela, laboratórios, reserva de Mata Atlântica, trilhas, dunas, bosque e o maior parque desportivo do RN de escola da rede privada.
O fundador da Escola Doméstica de Natal foi o poeta Henrique Castriciano, criador da Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, em 1º de setembro de 1914. Para ele, as mulheres tinham importante papel na sociedade. Como, na época, predominavam as escolas religiosas, o poeta inovou, adotando o modelo da educação doméstica que conheceu na Suíça.
As primeiras professoras da ED foram europeias, sendo depois substituídas pelas brasileiras. Inicialmente, em 1914, e ficando quase meio século, a Escola Doméstica de Natal
funcionou na Ribeira, no bonito prédio de estilo neoclássico, projetado pelo Dr. João Thomé Saboya.
Na época, a Ribeira era o principal bairro de Natal,
onde se concentravam o comércio, as atividades culturais e sociais, sendo também área residencial importante. A Escola era, por muitos motivos,
o orgulho da Ribeira. Era, como ainda hoje é, a sala de visita da cidade de Natal.
Há pouco tempo na direção da Escola Doméstica, a professora Noilde Ramalho percebeu que seria necessário deixar o prédio da Ribeira para se instalar em local mais adequado, que oferecesse mais conforto e mais funcionalidade para as atividades da Instituição. Era preciso estar mais próxima das residências das famílias que levavam suas filhas para o estabelecimento, exceção para as alunas do internato, vindas de outras cidades de várias regiões do Brasil. Além disso, as enchentes da Ribeira comprometiam o acesso. Em março de 1952, houve a transferência para o novo endereço, no florescente bairro do Tirol, na avenida Hermes da Fonseca.
O terreno recebido pela doação do Estado era planície de restinga, coberta por vegetação herbácea, uma espécie de gramínea rasteira. Pouquíssimas árvores, isoladas, perdidas na vastidão da área. A professora Noilde Ramalho, sempre sensível às coisas da natureza, apreciadora da beleza que o mundo vegetal oferece, tratou logo de arborizar o local, mesmo antes da construção do novo prédio iniciar. Foram plantadas inúmeras árvores que, atualmente, conferem à área uma beleza ímpar. Atualmente, é um conjunto agradável e ameno, onde se vê a integração harmônica entre a natureza e as edificações. Circundantes, encontram-se as dunas com sua vegetação característica da Mata Atlântica, sítio ecológico onde riquíssimas flora e fauna são preservadas.
A Escola acrescentou à sua estrutura curricular disciplinas teórico-práticas diferenciadas através do núcleo de Economia Doméstica: Etiqueta Social e Profissional, Técnicas Culinárias, Organização do Lar, Casa de Prática e Puericultura. Todas elas com o objetivo de preparar a aluna para atuação em sua vida familiar, social e no mercado de trabalho.
Com a criação da Escola Doméstica de Natal, o Rio Grande do Norte se orgulha de ser protagonista e pioneiro na emancipação da mulher na sociedade. A Escola continua seu pioneirismo, pois atualizou-se, equiparou-se ao ensino da modernidade, mas se manteve na tradição de valorizar aspectos especiais à condição feminina.
Com as transformações exigidas pela evolução social e a complexa sociedade do século XX, a Escola inovou, oferecendo um ensino que desenvolve habilidades e competências, conhecimentos contextualizados e sua aplicabilidade na solução de situações-problema da vida diária no círculo social e no mercado de trabalho, fundamentada na formação crítico-reflexiva.
A professora Noilde Ramalho há muito sonhava em expandir a atividade educacional por meio de uma escola mista, o que não podia fazer na Escola Doméstica, pelas características desse estabelecimento de ensino, restrito ao alunado feminino.
Assim, sua proposição de criar o Complexo Educacional Henrique Castriciano foi concretizada no dia 15 de março de 1987.
As atividades educacionais iniciaram com a Unidade de Ensino do 1º Grau. Logo no ano seguinte, 1988, a Unidade do 2º Grau era implantada, ao mesmo tempo em que a estrutura física também estava sendo ampliada.
Em 15 de março de 1994, o Complexo Educacional Henrique Castriciano foi considerado concluído, quando contava com área construída de 12.264 m2, capaz de oferecer as melhores condições para estudo, recreação, artes, integração e lazer, visando a realização de uma prática educativa voltada para a formação de futuros cidadãos, com a consciência de suas responsabilidades individuais para com a família, a sociedade, o país e a natureza.
A estrutura física da nova escola era composta por edificações horizontais, em estilo colonial, organizadas em quatro pavilhões, com 32 salas de aula interligadas por um átrio central, com laboratórios amplos, auditório, biblioteca, ginásio de esporte com capacidade para 6.000 pessoas, piscina olímpica e outra semi-olímpica, ampla área de estacionamento. Uma estrutura preocupada em estar integrada com a natureza. A biblioteca foi inaugurada com amplas instalações, com quase 900m2 de área, um acervo de mais de 3.000 volumes, sala de estudos de grupos, área de leitura, administração e sala de obras raras.
O Complexo Educacional Henrique Castriciano é uma escola construída em uma área física privilegiada, circundada pelo verde das árvores que compõem parte da Mata Atlântica, um cenário de brilhar os olhos, viveiro das mais variadas e diversas espécies vegetais e aves tropicais, que alegram e harmonizam o ambiente com a natureza.
O UNI-RN, também idealizado pela professora Noilde Ramalho, foi criado no dia 28 de abril de 1997, pela Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, e autorizado pelo MEC em dezembro de 1997. Foi implantado, inicialmente, com seis cursos superiores, no período noturno, a saber: Administração, Administração em Marketing, Bacharelado em Sistemas de Informação, Ciências Contábeis, Direito e Licenciatura em Computação.
Atualmente, oferece dez cursos de graduação, tendo autorizados, mais recentemente, os cursos de: Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Educação Física, além de vários cursos de pós-graduação.
O UNI, ao assumir o compromisso de prestar serviço à Educação Superior, busca desenvolver-se para um centro de excelência e uma instituição cidadã, que ensine para a vida, que forme seres humanos cidadãos, que não visem ao lucro em primeiro plano e que sejam responsáveis nos planos ético, cultural e social.
Diante destas três Instituições de Ensino, concluímos que é um verdadeiro encantamento a área em que se situa o Complexo de Ensino ED/HC/UNI-RN, a riqueza vegetal da área se integra ao verde da Mata Atlântica que, florescendo nas elevações das dunas circundantes, parece abraçar afetivamente o Complexo.
Dona Noilde Ramalho é a grande construtora desse microcosmo ecológico, pois a quase totalidade das árvores e plantas foi por ela disseminada.
O Complexo de Ensino Noilde Ramalho EDHC é composto por Duas Instituições de Ensino, sendo uma delas de Educação Básica (O Complexo de Ensino Noilde Ramalho EDHC) e uma de Ensino Superior (Centro Universitário do Rio Grande do Norte UNI-RN). É uma instituição sem fins lucrativos que tem como entidade mantenedora a Liga de Ensino do Rio Grande do Norte, uma sociedade civil de direito privado, com sede e foro em Natal (RN). A Liga de Ensino foi criada no dia 23 de julho de 1911, com o objetivo de “auxiliar os poderes públicos em tudo quanto disser respeito à instrução e à educação”.
O Complexo de Ensino Noilde Ramalho EDHC recebeu esse nome após a morte da professora Noilde Ramalho, quando, em reunião extraordinária, o professor Daladier Pessoa Cunha Lima, então reitor do UNI-RN, sugeriu votação para homenageá-la, pela sua contribuição no avanço da Educação do Estado e do País, junto a todos os membros participantes da Liga de Ensino do Rio Grande de Norte, sendo acatado de forma unânime o pleito.